Filha de Olavo e Suzy Leitão, e irmã de Oli, Suly Bomfiglio Leitão cresceu em Rosário do Sul. Durante a infância, era vaidosa, sonhadora e determinada, características que se intensificaram com o tempo e passaram a ser admiradas pelos seus. Aos 17 anos, casou-se com João Luiz Casseles Russo. Desta união, vieram os filhos Luiz Olavo, Miriam Suzy e Suzana, os netos Clarice, César Olavo, Márcio, Conrado, Lauren, Mauren, Mairim, Stephanie e Andréia, além dos bisnetos Isabely, Emanuely, Marina, Luiza, Letícia, Milena, Cristian, Manuella e Diego.
Formou-se professora e amava sua profissão. Em 1960, Suly veio com o marido e os filhos para Santa Maria, em busca de oportunidades em sua área. Trabalhou como diretora da escola municipal Altina Teixeira, lutando por uma educação de qualidade para as crianças. Inclusive, é possível dizer que o amor pela educação é hereditário. A filha, Suzana Leitão Russo, 60 anos, que é professora universitária, lembra-se da luta da mãe e do quanto era admirável:
- Ela nos ensinou a lutar e viver a vida da melhor maneira: com muita leveza. Ela sempre foi muito forte e determinada. Por muito tempo, sonhou em conhecer o Japão. Até que a oportunidade surgiu e ela conseguiu fazer a tal viagem.
Apaixonada por tudo que envolvesse a cor lilás, Suly amava orquídeas. Nas horas vagas, dedicava-se ao cuidado com as folhagens, aos bordados e aos momentos com a família. A artista plástica, Maria Cristina de Oliveira Russo, 68 anos, comenta sobre os presentes que recebeu de Suly e o que eles respresentam dentro da relação entre nora e sogra.
- Tenho vários quadros bordados por ela. Eu sempre apreciei e incentivei o trabalho dela. Para mim, ela sempre foi um exemplo de persistência e foco.
Suly Bomfiglio morreu no dia 26 de fevereiro de 2021, vítima da Covid-19. A professora foi cremada no mesmo dia, no Crematório São José, em Caxias do Sul.
Uma das mais antigas leitoras do Diário, em 2009, Suly presenteou a redação com um bonito relógio bordado.